O
destino final dos resíduos sólidos tem sido um dos maiores problemas
enfrentados pelos municípios. O aumento desenfreado de bens de consumo tende a
acarretar maior geração de resíduos e consequentemente maior poluição de
recursos naturais, como solos e rios, caso não haja uma correta destinação
final. Uma das alternativas ambientalmente corretas para os municípios é a
disposição final de seus resíduos sólidos em aterro sanitário
O
Aterro Sanitário é considerado um aprimoramento de uma das técnicas mais
antigas utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o
aterramento. Modernamente, é uma obra de engenharia que tem como objetivo
acomodar no solo, resíduo no menor espaço prático possível, causando o menor
dano possível ao meio ambiente ou à
saúde pública, essa técnica permite uma
confinação segura, em termos de controle de poluição ambiental e proteção da
saúde pública.
Essa técnica consiste basicamente na compactação dos resíduos no solo,
na forma de camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material
inerte.
Atualmente, os aterros sanitários vêm sendo severamente
criticados porque não têm como objetivo o tratamento ou a reciclagem dos
materiais presentes no lixo urbano. De fato, os aterros sanitários são uma
forma de armazenamento de lixo no solo, alternativa que não pode ser
considerada a mais indicada, uma vez que os espaços úteis à essa técnica
tornam-se cada vez mais escassos. Porém, deve-se considerar que a maioria dos
materiais utilizados pelo homem, na realidade, são combinações de várias
substâncias trazidas dos mais diferentes pontos do planeta. Assim, recuperar
todos os materiais que utilizados é praticamente impossível, seja por motivos
de ordem técnica ou econômica.
A construção
de um aterro sanitário requer a participação de uma equipe de pessoas que devem
estar bem treinadas e compenetradas de suas funções específicas. O estabelecimento
de tarefas e funções de cada um dos componentes das equipes encarregadas da construção,
operação e manutenção do aterro é de fundamental importância, tendo em vista a preservação
ambiental da área onde o aterro será implantado. A condução técnica deverá estar
sob a orientação de um profissional da área da Engenharia Civil, Sanitária ou Ambiental,
com experiência adequada para dirigir e supervisionar todas as tarefas inerentes
à obra. Dependendo do corte do aterro, auxiliares técnicos: topógrafo, desenhista,
projetista, cadista e laboratorista para estudo de solos, deverão dar suporte técnico
ao Engenheiro responsável. Supervisores, capatazes, operadores de equipamento e
pessoal devidamente capacitado deverão compor a Equipe.
As Etapas para o projeto de aterro sanitário são:
Seleção da área, licenciamento ambiental, Operação, Monitoramento, Encerramento.
Para um bom desempenho de um aterro sanitário, sob
os aspectos ambientais, técnicos, econômicos, sociais e de saúde pública, está diretamente
ligado a uma adequada escolha de área de implantação. Segundo a NBR
13.896:1997, a avaliação da adequabilidade de um local a ser utilizado para a
implantação de um aterro sanitário deve ser tal que os impactos ambientais
gerados em sua implantação e operação sejam mínimos. A seleção de área é uma
das principais dificuldades enfrentadas pelos municípios, principalmente porque
a área, para ser considerada adequada, deve reunir um grande conjunto de
condições de um grande volume de dados e informações, normalmente indisponíveis
de dados e informações, normalmente indisponíveis para as administrações
municipais.
Etapas do Licenciamento Ambiental Licença Prévia
(LP)
·
Libera estudos de impactos ambientais
relativos à implantação do aterro e a elaboração do projeto executivo. Após o órgão competente libera uma
instrução técnica para orientar a realização do EIA (Estudo de Impacto Ambiental)
e o RIMA (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente)
·
Licença de Instalação (LI) Libera o
empreendedor para executar as obras de implantação do aterro conforme
detalhadas no projeto executivo,
incluindo medidas de controle ambiental
demais condicionantes . Inicia-se a Implantação do aterro sanitário!!!
·
Licença de Operação (LO) Autoriza a
operação do empreendimento. É concedida com prazos de validade de quatro ou de
seis anos, estando sujeita a reavaliação periódica.
·
Projeto e Implantação. Ao receber a LI
as etapas seguintes são o projeto e implantação do empreendimento. Para
projetos de aterros não perigosos são adotadas as normas da NBR 13.896:1997 e
para aterros sanitário de resíduos sólidos urbanos são adotadas as normas da
NBR 8.419:1992. Um aterro sanitário é uma obra de engenharia diária!!
Existem três métodos adequados para o destino final
dos resíduos sólidos. Os métodos são diferenciados basicamente pelas formas
construtivas e operacionais adotadas para o aterro. O método de aterramento é
uma boa opção porem este método depende da topografia, profundidade do lençol
freático, características do solo, quantidade de lixo a depor disponibilidade
de equipamentos e recursos entre outros.
Outro método comum utilizado é o da trincheira
também conhecida como vala. Este método é adequado para terrenos planos ou
levemente inclinado, onde os lençóis freáticos não são rasos. Esta forma não
pode ser feita em terrenos rochosos. Geralmente utilizado para municípios de
pequeno a médio porte. Os Municípios de grande porte, os custos com escavação
poderão inviabilizar tal prática. Para as valas de grandes dimensões, os
resíduos são descarregados no interior das mesmas e compactados mecanicamente.
O terceiro método é também viável mas não é difundido. Conhecido
como escavação progressiva ou método da rampa é utilizado em áreas de encosta onde o lixo vai sendo
depositado seguindo a declividade existente, e assim prossegue até a célula em
construção ficar no mesmo plano do topo da encosta na parte superior e lateralmente continuar
ainda em forma de rampa. Esta operação continua até ocupar toda área escolhida,
resultando no final numa área plana.
Vantagens
- Redução da liberação de
metano na atmosfera
- Conversão os gases em fontes
de energias renováveis
- Geração de energia com
motores a gás
Desvantagens
- Construção que exige grandes
extensões de terras;
- Impactos ambientais:
poluição do meio ambiente como vazamentos de líquidos e gases;
contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos, riscos aos animais
selvagens;
- Limite de quantidade de
camadas de lixo;
- Presença de ratos e moscas e
a transmissão de doenças;
- Alto custo econômico na
implantação e na manutenção.
bibliografia:
Disponível em <http://www.todamateria.com.br/aterro-sanitario/ >acessado em 15 de julho de 2014
Disponível em <http://www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboost_files/aterros_volumeiii.pdf >acessado em 15 de julho de 2014
Disponível em<http://www.crq4.org.br/sms/files/file/Gerenciamento%20de%20aterros%20sanit%C3%A1rios%20versao%20colorida.pdf >acessado em 15 de julho de 2014
Disponível em <http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/10139/material/Aterro%20Sanit%C3%A1rio.pdf >acessado em 15 de julho de 2014
Disponível em <http://www.cetesb.sp.gov.br/mudancas-climaticas/biogas/Aterro%20Sanit%C3%A1rio/21-Aterro%20Sanit%C3%A1rio >acessado em 15 de julho de 2014
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