quarta-feira, 16 de julho de 2014

Qual o destino mais adequado para o lixo?

O destino final dos resíduos sólidos tem sido um dos maiores problemas enfrentados pelos municípios. O aumento desenfreado de bens de consumo tende a acarretar maior geração de resíduos e consequentemente maior poluição de recursos naturais, como solos e rios, caso não haja uma correta destinação final. Uma das alternativas ambientalmente corretas para os municípios é a disposição final de seus resíduos sólidos em aterro sanitário
O Aterro Sanitário é considerado um aprimoramento de uma das técnicas mais antigas utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o aterramento. Modernamente, é uma obra de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo, resíduo no menor espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio ambiente ou à saúde pública, essa técnica permite uma confinação segura, em termos de controle de poluição ambiental e proteção da saúde pública.
Essa técnica consiste basicamente na compactação dos resíduos no solo, na forma de camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material inerte.
Atualmente, os aterros sanitários vêm sendo severamente criticados porque não têm como objetivo o tratamento ou a reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano. De fato, os aterros sanitários são uma forma de armazenamento de lixo no solo, alternativa que não pode ser considerada a mais indicada, uma vez que os espaços úteis à essa técnica tornam-se cada vez mais escassos. Porém, deve-se considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem, na realidade, são combinações de várias substâncias trazidas dos mais diferentes pontos do planeta. Assim, recuperar todos os materiais que utilizados é praticamente impossível, seja por motivos de ordem técnica ou econômica.
A construção de um aterro sanitário requer a participação de uma equipe de pessoas que devem estar bem treinadas e compenetradas de suas funções específicas. O estabelecimento de tarefas e funções de cada um dos componentes das equipes encarregadas da construção, operação e manutenção do aterro é de fundamental importância, tendo em vista a preservação ambiental da área onde o aterro será implantado. A condução técnica deverá estar sob a orientação de um profissional da área da Engenharia Civil, Sanitária ou Ambiental, com experiência adequada para dirigir e supervisionar todas as tarefas inerentes à obra. Dependendo do corte do aterro, auxiliares técnicos: topógrafo, desenhista, projetista, cadista e laboratorista para estudo de solos, deverão dar suporte técnico ao Engenheiro responsável. Supervisores, capatazes, operadores de equipamento e pessoal devidamente capacitado deverão compor a Equipe.

As Etapas para o projeto de aterro sanitário são: Seleção da área, licenciamento ambiental, Operação, Monitoramento, Encerramento.
Para um bom desempenho de um aterro sanitário, sob os aspectos ambientais, técnicos, econômicos, sociais e de saúde pública, está diretamente ligado a uma adequada escolha de área de implantação. Segundo a NBR 13.896:1997, a avaliação da adequabilidade de um local a ser utilizado para a implantação de um aterro sanitário deve ser tal que os impactos ambientais gerados em sua implantação e operação sejam mínimos. A seleção de área é uma das principais dificuldades enfrentadas pelos municípios, principalmente porque a área, para ser considerada adequada, deve reunir um grande conjunto de condições de um grande volume de dados e informações, normalmente indisponíveis de dados e informações, normalmente indisponíveis para as administrações municipais.
Etapas do Licenciamento Ambiental Licença Prévia (LP)
·         Libera estudos de impactos ambientais relativos à implantação do aterro e a elaboração do projeto  executivo. Após o órgão competente libera uma instrução técnica para orientar a realização do EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente)
·         Licença de Instalação (LI) Libera o empreendedor para executar as obras de implantação do aterro conforme detalhadas no projeto  executivo, incluindo medidas de controle ambiental  demais condicionantes . Inicia-se a Implantação do aterro sanitário!!!
·         Licença de Operação (LO) Autoriza a operação do empreendimento. É concedida com prazos de validade de quatro ou de seis anos, estando sujeita a reavaliação periódica.
·         Projeto e Implantação. Ao receber a LI as etapas seguintes são o projeto e implantação do empreendimento. Para projetos de aterros não perigosos são adotadas as normas da NBR 13.896:1997 e para aterros sanitário de resíduos sólidos urbanos são adotadas as normas da NBR 8.419:1992. Um aterro sanitário é uma obra de engenharia diária!!


Existem três métodos adequados para o destino final dos resíduos sólidos. Os métodos são diferenciados basicamente pelas formas construtivas e operacionais adotadas para o aterro. O método de aterramento é uma boa opção porem este método depende da topografia, profundidade do lençol freático, características do solo, quantidade de lixo a depor disponibilidade de equipamentos e recursos entre outros.
Outro método comum utilizado é o da trincheira também conhecida como vala. Este método é adequado para terrenos planos ou levemente inclinado, onde os lençóis freáticos não são rasos. Esta forma não pode ser feita em terrenos rochosos. Geralmente utilizado para municípios de pequeno a médio porte. Os Municípios de grande porte, os custos com escavação poderão inviabilizar tal prática. Para as valas de grandes dimensões, os resíduos são descarregados no interior das mesmas e compactados mecanicamente.
O terceiro  método é também viável mas não é difundido. Conhecido como escavação progressiva ou método da rampa é utilizado em  áreas de encosta onde o lixo vai sendo depositado seguindo a declividade existente, e assim prossegue até a célula em construção ficar no mesmo plano do topo da encosta  na parte superior e lateralmente continuar ainda em forma de rampa. Esta operação continua até ocupar toda área escolhida, resultando no final numa área plana.


Vantagens
  1. Redução da liberação de metano na atmosfera
  2. Conversão os gases em fontes de energias renováveis
  3. Geração de energia com motores a gás
Desvantagens
  1. Construção que exige grandes extensões de terras;
  2. Impactos ambientais: poluição do meio ambiente como vazamentos de líquidos e gases; contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos, riscos aos animais selvagens;
  3. Limite de quantidade de camadas de lixo;
  4. Presença de ratos e moscas e a transmissão de doenças;
  5. Alto custo econômico na implantação e na manutenção.

 bibliografia:

Disponível em <http://www.todamateria.com.br/aterro-sanitario/ >acessado em 15 de julho de 2014
Disponível em <http://www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboost_files/aterros_volumeiii.pdf >acessado em 15 de julho de 2014
Disponível em <http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/10139/material/Aterro%20Sanit%C3%A1rio.pdf >acessado em 15 de julho de 2014

Disponível em <http://www.cetesb.sp.gov.br/mudancas-climaticas/biogas/Aterro%20Sanit%C3%A1rio/21-Aterro%20Sanit%C3%A1rio >acessado em 15 de julho de 2014

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